Luiz Marenco

Luiz Marenco

Enchendo os Olhos de Campo
Composição de (Gujo Teixeira / Luiz Marenco / Valério Teixeira)
Cm D7 G7 Cm D7 G7 Cm C7 Fm Cm G7 Cm 
 
 
                                                 G7 Ab7 G7 
Manhazita de maio e notícias do céu desabam nas casa 
     Ab7        G7                                     Cm 
Um angico nas brasas, consome sem pressa seu cerno de lei 
                                                   G7 Ab7 G7 
O meu cusco ovelheiro fareja o suor da xerca estendida 
       Ab7       G7                                    Cm 
Que descansa da lida e do lombo do baio, meu trono de rei 
 
Gm7(b5) C7      Fm                                      Cm 
Outro ronco de mate quebrava o murmúrio das chuvas nas telhas 
              Ab                   D7                G7 
E o baeta vermelha, aberto em suas asas pingava no chão 
C7               Fm                                 Cm 
Imitando um sol posto, largava de pouco luz a da janela 
                   Ab                 G7                  C  G7  C 
E empurrando a cancela um ventito minuano assobiava no oitão 
 
                                                   G7 
Pelo olhar da janela a vista perdia-se pelo campo vasto 
                                                      C 
Verdejando o pasto, coxilha e canhada até a beira do rio 
C7              Fm                                      Cm 
Um mangueirão grande, guardando um silêncio dormido de pedras 
                  Ab                    G7                     C 
E uma estrada de léguas são parte da estória de alguém que partiu 
Int. D7 G7 C G7 C C7 Fm Cm G7 Cm 
                                                             G7 Ab7 G7 
Partiram pra longe, feito tantos do campo, feito cantos dos meus 
        Ab7       G7                                    Cm 
Que por conta de Deus e a procura de mais encilharam cavalos 
                                                       G7 Ab7 G7 
E rumaram pra sempre, deixando o galpão, saudade e um mate 
      Ab7             G7                                    Cm 
Pra depois n'outro embate, pelear por sonho e talvez encontrá-lo 
 
Gm7(b5) C7     Fm                                      Cm 
Hoje abro a janela e pergunto pro tempo: por onde andarão? 
                   Ab            D7                  G7 
Os que aqui no galpão, cevaram amargos por conta da lida 
C7                   Fm                                   Cm 
Que estenderam seus ponchos, baetas vermelhas de almas lavadas 
                      Ab                   G7                C  G7 C 
Onde em léguas de estradas, na calma das tropas prosearam a vida 
 
                                                             G7 
Só o silêncio das pedras e água da chuva que encharca a mangueira 
                                                     C 
E uma dor costumeira, saudosa do tempo, me fazem costado 
C7                 Fm                                      Cm 
Vejo o angico nas cinzas e o cusco ovelheiro, deitado num canto 
                     Ab                 D7 G7               G7 Cm     Bis 
E encho os olhos de campo de água e saudade, lembrando o passado 
                                       Cm 
Manhãzita de maio, manhãzita de maio

Enviado por: Vinicius Carvalho

Corrigido por: sem correções